Uma grave contaminação na rede de água do Edifício Martinelli, icônico prédio situado no centro de São Paulo, gerou alarme e impactos significativos nesta terça-feira (21). Funcionários da Prefeitura de São Paulo, que desempenham suas funções no edifício, relataram problemas de saúde que levaram alguns a serem hospitalizados. O problema, identificado como um vazamento oriundo de uma infiltração na rede de esgoto, levantou questões urgentes sobre a manutenção e infraestrutura do prédio.
De acordo com a Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), que ocupa parte do edifício, a situação obrigou a adoção do regime de teletrabalho para todos os departamentos. Em comunicado interno enviado aos servidores, a secretaria informou que a medida é necessária até que os testes de potabilidade confirmem que a água do reservatório principal está em condições seguras para consumo.
Problema de Infiltração e Resposta das Autoridades
A gestão municipal afirmou que o vazamento foi provocado pelo entupimento de uma rede de esgoto da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Segundo a Prefeitura, a Sabesp foi acionada para desobstruir a tubulação, vistoriar o local e realizar testes de qualidade na água do reservatório principal. Como medida emergencial, o reservatório afetado foi isolado e cinco caixas d’água secundárias estão sendo utilizadas para garantir o abastecimento até que os problemas sejam resolvidos.
“O resultado dos testes estará disponível amanhã. Por este motivo, recomendamos que a água não seja utilizada para consumo próprio até a confirmação da sua qualidade. Reforçamos que estamos monitorando a situação de forma contínua e mantendo as ações necessárias para garantir a segurança e bem-estar de todos”, declarou Lucas Collela, administrador do edifício, em comunicado oficial.
Suspensão de Atividades Presenciais
Além da Sehab, outros cinco órgãos municipais utilizam o Edifício Martinelli como base de operações, incluindo a Secretaria de Urbanismo e Licenciamento (Smul), Subprefeituras, SP Urbanismo, a Companhia de Habitação (Cohab) e a Secretaria de Mananciais. Todas as secretarias e órgãos optaram por suspender temporariamente as atividades presenciais e adotar o teletrabalho, priorizando a saúde e segurança de seus servidores.
A Prefeitura também informou que está realizando um trabalho de comunicação com os funcionários afetados para monitorar possíveis impactos à saúde, embora ainda não tenha divulgado um balanço oficial de quantos servidores apresentaram problemas decorrentes da contaminação.
Histórico de Problemas no Edifício Martinelli
O Edifício Martinelli, conhecido por sua importância histórica e arquitetônica, tem enfrentado uma série de problemas estruturais nos últimos anos. Em março do ano passado, o prédio foi interditado devido a uma inundação de esgoto no 7º andar. O incidente foi atribuído a um entupimento em um dos vasos sanitários do banheiro do andar. Além disso, o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) relatou outras dificuldades enfrentadas no prédio, como a falta de mobiliário adequado e episódios de desabastecimento de água potável, especialmente durante as ondas de calor registradas desde o final de 2023.
Esses eventos destacam desafios recorrentes relacionados à manutenção do edifício, que abriga uma grande quantidade de servidores e desempenha papel fundamental na administração municipal.
Próximos Passos e Garantias da Prefeitura
A Prefeitura de São Paulo afirmou que a administração do Edifício Martinelli está trabalhando em conjunto com a Sabesp para resolver a situação o mais rápido possível e evitar novos incidentes. Além de esvaziar e higienizar o reservatório principal, a administração do prédio está realizando uma análise completa das condições estruturais para identificar outras possíveis vulnerabilidades.
A nota oficial divulgada pela gestão municipal reforça que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para assegurar a saúde e o bem-estar dos servidores e que os trabalhos presenciais só serão retomados após a garantia de salubridade da água.
Enquanto isso, os servidores seguem desempenhando suas funções remotamente, e os órgãos municipais afetados continuam monitorando de perto os desdobramentos. O caso do Edifício Martinelli ressalta não apenas a importância de uma manutenção preventiva robusta, mas também a necessidade de respostas rápidas e efetivas diante de crises que afetam tanto a saúde pública quanto o funcionamento da administração pública.
Com o histórico de problemas de infraestrutura e as recentes complicações envolvendo a rede de água, a gestão do edifício enfrenta agora o desafio de recuperar a confiança de seus ocupantes e assegurar condições seguras de trabalho no futuro.
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